HISTÓRIA

Foto: Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade

A Umbanda é uma religião afro-brasileira que surgiu no início do século XX, mais precisamente em 15 de novembro de 1908, fundada por Zélio Fernandino de Moraes, que incorporou o Caboclo das Sete Encruzilhadas.

A Umbanda se baseia em três conceitos fundamentais: Luz, Caridade e Amor.

A palavra “umbanda” vem do quimbundo, uma língua de Angola, e significa “arte de curar“.

A Umbanda mistura elementos do Candomblé, do Espiritismo e do Catolicismo, e tem Jesus como referência espiritual.

A Umbanda também trabalha com os orixás e outras entidades, como os caboclos, os pretos velhos, os baianos, os marinheiros, os erês, os malandros e as pombas-gira.

Essas entidades se manifestam nos médiuns durante as cerimônias da Umbanda, que são realizadas em casas, terreiros ou barracões, ou em locais ao ar livre junto à natureza.

A Umbanda é uma religião democrática e inclusiva, que busca ajudar as pessoas com problemas de saúde, emprego, amor e espiritualidade.

A Umbanda também é uma religião que valoriza a cultura e a história do Brasil, pois nasceu da mistura de diferentes povos e tradições.

 

VERTENTES

As vertentes da Umbanda são as diferentes formas de praticar e entender a religião, que surgiram ao longo da sua história e que refletem a diversidade e a pluralidade da Umbanda.

Cada vertente tem suas próprias características, doutrinas, rituais, entidades e linhas de trabalho, mas todas devem respeitar os fundamentos básicos da Umbanda, como a caridade, a humildade e a simplicidade.

Existem muitas vertentes da Umbanda, e algumas delas são:

Umbanda Branca: é a vertente mais próxima da original, fundada por Zélio de Moraes e pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas. Se baseia na manifestação do espírito para a prática da caridade, sem cobrar nada pelos trabalhos. Tem Jesus como referência espiritual e que não faz sacrifícios de animais. Trabalha com os orixás e as entidades clássicas, como os caboclos, os pretos velhos, os baianos, os boiadeiros, os marinheiros, os ciganos, os erês e as pombas-gira.

Umbanda de Mesa Branca: é uma vertente que se aproxima do espiritismo kardecista, usando a mesa branca como instrumento de comunicação com os espíritos. Valoriza o estudo das obras de Allan Kardec e busca o aprimoramento moral dos médiuns e dos consulentes. Trabalha com os guias espirituais e com as falanges dos orixás.

Umbanda Mirim: é uma vertente que se dedica ao trabalho com as crianças, tanto encarnadas quanto desencarnadas. Busca resgatar a pureza, a inocência e a alegria das almas infantis. Trabalha com os erês, que são as entidades que se manifestam na forma de crianças ou que cuidam das crianças. Os erês podem ser filhos dos orixás ou dos caboclos e dos pretos velhos.

Umbanda Popular: é uma vertente que se caracteriza pela simplicidade e pela espontaneidade. Não tem muito conhecimento teórico ou doutrinário, mas que segue as orientações diretas das entidades. Valoriza a oralidade, a musicalidade e a ritualística. Trabalha com as entidades mais conhecidas e também com outras menos comuns, como os exus-mirins, os malandros, os zés pelintras e as marias-padilhas.

Umbanda Cruzada: é uma vertente que mistura elementos do candomblé e do catolicismo. Faz uso de sacrifícios de animais em algumas ocasiões, como nas festas dos orixás ou nas obrigações dos filhos de santo. Trabalha com os orixás na forma de nações (ketu, angola, jeje), com os santos católicos e com as entidades da Umbanda.

Umbanda Omolocô: é uma vertente que se originou do candomblé de nação angola e que incorporou elementos da Umbanda. Cultua os nkisis (divindades angolanas) e os orixás, usando o idioma quimbundo nas cantigas e nas saudações. Trabalha com as entidades da Umbanda e também com outras específicas do Omolocô, como os caboclos-de-pena, os caboclos-de-fogo e os caboclos-de-água.

Umbanda Almas e Angola: é uma vertente que se originou do candomblé de nação angola e que também incorporou elementos da Umbanda. Combina o culto aos orixás africanos com a incorporação de espíritos de pretos-velhos, caboclos e exus. Se caracteriza por ter uma forte influência da cultura angolana e da doutrina iorubana, além de seguir severos preceitos de iniciação e desenvolvimento mediúnico.

Umbandomblé: é uma vertente que se originou do candomblé de nação ketu e que também incorporou elementos da Umbanda. Cultua os orixás na forma de qualidades (ogum mege, oxum abotô, etc.) e usa o idioma iorubá nas cantigas e nas saudações. Trabalha com as entidades da Umbanda e também com outras específicas do Umbandomblé, como os caboclos-de-Oxóssi, os pretos-velhos-de-Omolu e os exus.

Umbanda Esotérica: é uma vertente que se aproxima do ocultismo, da teosofia e da astrologia. Busca o conhecimento esotérico e a iniciação dos médiuns em graus ou níveis. Trabalha com os orixás na forma de sete raios cósmicos e com as entidades da Umbanda e também com outras específicas da Umbanda Esotérica, como os mestres ascensionados, os anjos e os elementais.

Umbanda Iniciática: é uma vertente que se inspira na Umbanda Esotérica, mas que também busca resgatar as origens africanas da religião. Busca o autoconhecimento e a evolução dos médiuns em graus ou níveis. Trabalha com os orixás na forma de sete raios cósmicos e com as entidades da Umbanda e também com outras específicas da Umbanda Iniciática, como os mestres iniciáticos, os guardiões cósmicos e os elementais.

Umbanda Sagrada: é uma vertente que se baseia nos ensinamentos do mestre Rubens Saraceni, um escritor e médium umbandista. Busca o conhecimento teológico e filosófico da religião, usando a linguagem dos mistérios sagrados. Trabalha com os orixás na forma de divindades criadoras e com as entidades da Umbanda e também com outras específicas da Umbanda Sagrada, como os senhores do tempo, os senhores dos elementos e os senhores dos caminhos.

Essas são algumas das principais vertentes da Umbanda, mas existem muitas outras, pois a Umbanda é uma religião viva, dinâmica e adaptável às diferentes realidades e necessidades dos seus praticantes. O importante é respeitar a diversidade e a unidade da Umbanda, pois todas as vertentes têm algo em comum: o amor pela religião de paz, luz e caridade.

 

DIVINDADES

A Umbanda é uma religião brasileira que incorpora elementos de diversas tradições africanas, indígenas, católicas e espiritualistas. Uma das características mais marcantes da Umbanda é a crença em diversas divindades, chamadas de Orixás, que representam forças da natureza e aspectos da vida humana. Cada Orixá tem um nome, uma cor, um símbolo, um domínio e uma personalidade própria, e pode ser invocado por meio de rituais, oferendas e cantos. Os principais Orixás da Umbanda são:

– Oxalá: o pai de todos os Orixás. O criador do universo e o senhor da paz, da sabedoria, da justiça, da harmonia e da bondade. Ele tem duas formas principais: Oxaguiã, o jovem guerreiro, e Oxalufã, o velho sábio. Sua cor é o branco e seu símbolo é a cruz. Ele rege o ar e o dia. Ele é o senhor da pureza, da luz e do silêncio. Ele é o fim de todas as coisas e o equilíbrio do universo. Ele é o Orixá que traz a esperança e a harmonia para os seus filhos. Oxalá é o símbolo da união entre o céu e a terra, entre o espiritual e o material. Ele é o grande pai que abençoa e protege todos os seres vivos.
Iemanjá: a mãe de todos os Orixás, a rainha do mar e a protetora das famílias, das mulheres e dos pescadores. Sua cor é o azul claro e seu símbolo é a concha. Ela é a rainha dos mares e das águas salgadas e da noite, protetora dos marinheiros e dos pescadores, e símbolo da fertilidade e da maternidade. Seu nome significa “mãe cujos filhos são peixes” e vem da expressão yorubá “Yéyé Omó Ejá”. Iemanjá é uma Orixá poderosa e generosa, que cuida de todos os seus filhos com amor e sabedoria.
– Oxum: deusa do amor, da beleza, da fertilidade, da prosperidade e da riqueza. Sua cor é o amarelo e seu símbolo é o espelho. Filha de Iemanjá, a rainha do mar, e de Oxalá, o criador do mundo. Oxum rege a água doce e o meio-dia. Oxum tem muitas qualidades e manifestações: ela pode ser doce e carinhosa, mas também pode ser vaidosa e ciumenta. Ela gosta de luxo, de joias, de perfumes e de flores amarelas. Oxum é generosa e atende aos pedidos de quem a reverencia com fé e respeito.

– Ogum: um orixá guerreiro, o defensor da lei e da ordem, o patrono dos trabalhadores e dos militares. Filho de Oxalá, o criador do mundo e da humanidade, e de Iemanjá, a rainha do mar. Ogum não teme os obstáculos e as batalhas. Ele é corajoso, forte, determinado e justo. Ele protege seus filhos contra os inimigos e as injustiças. Ele também é um orixá trabalhador, que valoriza o esforço e a dedicação. Sua cor é o vermelho e seu símbolo é a espada. Ele rege o fogo e a madrugada.

– Oxóssi: o caçador, o senhor dos animais e das florestas, o provedor do alimento e do sustento. Ele é o irmão de Ogum, o deus da guerra e do ferro, e ambos são filhos de Iemanjá, a rainha do mar. Oxóssi representa a abundância, a fartura e a prosperidade que vêm da natureza. Ele é o protetor dos animais e das plantas, e também dos caçadores e dos agricultores. Oxóssi é um guerreiro habilidoso, que usa seu arco e flecha para defender seu território e sua tribo. Ele é um aventureiro, que gosta de explorar novos lugares e conhecer novas culturas. Sua cor é o verde e seu símbolo é o arco e flecha. Ele rege a terra e o entardecer.

– Xangô: o rei dos Orixás, o juiz supremo, o senhor dos raios e das tempestades. Ele é filho de Oraniã, o rei dos iorubás, e Torossi, a rainha do Daomé, e neto de Oxalá. Xangô foi um grande guerreiro e conquistador, que expandiu seu reino por toda a África Ocidental. Ele também foi um sábio e um juiz, que aplicava a lei com rigor e imparcialidade. Xangô é reverenciado como um símbolo de força, coragem e dignidade. Sua cor é o marrom e seu símbolo é o machado. Ele rege a pedra e a meia-noite.

– Iansã: a representa os ventos e das tempestades, a dona da paixão e da liberdade. Ela é a senhora dos mortos e dos espíritos ancestrais. Iansã é uma guerreira valente e destemida, que luta pela justiça e pela liberdade. Ela é a esposa de Xangô, o deus do trovão, e tem como símbolo o erukerê, um instrumento feito de palha que ela usa para controlar os ventos. Sua cor é o laranja e seu símbolo é a espada. Ela rege o ar e a tarde.

– Nanã: a avó de todos os Orixás, a anciã, a senhora da morte e do renascimento, a guardiã da da sabedoria ancestral. Ela é a senhora das águas paradas, dos pântanos e dos mangues. Nanã representa a passagem do tempo, o ciclo da vida e da morte, e a renovação espiritual. Ela é reverenciada como a mãe de Obaluaiê, o Orixá das doenças e da cura, e de Oxumaré, o arco-íris que liga o céu e a terra. Nanã é uma Orixá respeitada e temida, pois ela tem o poder de dar e tirar a vida com sua lama sagrada. Sua cor é o roxo e seu símbolo é a vassoura. Ela rege a lama e a manhã.

– Obaluaiê: o orixá da cura, da terra e do respeito aos mais velhos. Ele é filho de Nanã, a senhora das águas paradas, e irmão de Oxumarê, o arco-íris. Obaluaiê nasceu com uma doença de pele que o deixou coberto de feridas e foi abandonado pela mãe na beira do mar. Iemanjá, a rainha do oceano, o encontrou e o criou como seu filho, ensinando-lhe a superar os males e a curar as enfermidades. Obaluaiê tem o poder de causar e curar as doenças, especialmente as epidêmicas e as de pele. Ele usa um xaxará, um instrumento feito de palha, para espantar as energias negativas e os espíritos dos mortos. Ele se veste de palha para esconder suas cicatrizes e para proteger os humanos de seu brilho intenso, que é como o do sol. Ele é o protetor dos doentes pobres e dos que sofrem de convulsões, epilepsia e catalepsia. Ele é o senhor da vida e da morte, pois rege a terra, de onde tudo vem e para onde tudo volta. Sua cor é o preto e seu símbolo é a palha. Ele rege as doenças e as curas.

– Exu: o mensageiro entre os homens e os Orixás, o guardião dos caminhos, das encruzilhadas e dos cemitérios. Ele é o mensageiro entre os homens e os Orixás, os deuses da natureza. Exu é responsável por levar as oferendas, os pedidos e as mensagens dos fiéis aos Orixás, e também por trazer as respostas e as bênçãos dos deuses aos homens. Exu é um ser dinâmico, astuto e criativo, que gosta de brincar e testar os limites dos humanos. Ele é o guardião das encruzilhadas, dos caminhos e das possibilidades. Sua cor é o preto e vermelho e seu símbolo é o tridente. Ele rege as comunicações.

 

Essas são as principais divindades da Umbanda e seus significados. Existem outras divindades que também são cultuadas na Umbanda, como Oxumaré, Ewá, Logunedé, Ibeji, Orunmilá, entre outros. Cada divindade tem sua importância na cosmologia umbandista e na vida dos seus fiéis.

 

 

ENTIDADES

 

As principais entidades da Umbanda são espíritos desencarnados que se manifestam através da mediunidade dos médiuns nos terreiros. Essas entidades têm como missão auxiliar os seres humanos em suas necessidades materiais e espirituais, seguindo os princípios da caridade e do amor. Cada entidade está ligada a um orixá, que é uma divindade africana que representa uma força da natureza e um aspecto de Deus.

 

Algumas das principais entidades da Umbanda são:

 

– Caboclos: são espíritos de índios brasileiros que trazem a sabedoria, a coragem, a fé e a harmonia com a natureza. Eles atuam na cura, na proteção e no equilíbrio energético. Seus orixás são Oxóssi, Ogum e Xangô.
– Pretos-velhos: são espíritos de escravos africanos que trazem a humildade, a paciência, a resignação e o perdão. Eles atuam no conselho, na limpeza e na libertação de males físicos e espirituais. Seus orixás são Oxalá, Obaluaiê e Nanã.
– Crianças: são espíritos de crianças ou de adultos que mantêm a pureza, a inocência, a alegria e a simplicidade infantis. Eles atuam na renovação, na esperança, na leveza e na magia. Seus orixás são Oxum, Iemanjá e Ibeji.
– Exus: são espíritos de homens e mulheres que viveram na marginalidade ou na malandragem, mas que se redimiram e se tornaram guardiões das leis divinas. Eles atuam na abertura de caminhos, na defesa, na justiça e na quebra de demandas. Seus orixás são Exu e Pomba-gira.
Imagem Pomba Gira Rainha Cemiterio Escultura Gesso Estatua - Filho da Lua - Imagem Pomba Gira - Magazine Luiza – Pombas-gira: são espíritos de mulheres que viveram na sensualidade, na sedução, no amor ou no sofrimento, mas que se elevaram e se tornaram guardiãs do feminino sagrado. Elas atuam na autoestima, na paixão, na beleza e na libertação de amarras. Seus orixás são Exu e Pomba-gira.
Umbanda Imagem De Baianos | MercadoLivre 📦 – Baianos: são espíritos de homens e mulheres que viveram na Bahia ou em outras regiões do Nordeste, trazendo a cultura, a fé, a alegria e a resistência desses povos. Eles atuam na cura, na prosperidade, na força e na animação. Seus orixás são Oxalá, Ogum e Iansã.
Escultura Umbanda Ciganos Casal Vermelho 15 Cm Em Resina - Bialluz Presentes - Escultura / Troféu de Parede - Magazine Luiza – Ciganos: são espíritos de homens e mulheres que viveram como nômades, trazendo a sabedoria, a liberdade, o mistério e a arte desses povos. Eles atuam na vidência, na sorte, no amor e na magia. Seus orixás são Oxum, Iemanjá e Iansã.

 

Essas são algumas das principais entidades da Umbanda e seus significados. Existem outras entidades que também se manifestam nessa religião, como os marinheiros, os boiadeiros, os orientais, os mestres da Jurema e os caboclos de Oxalá. Todas elas têm o propósito de ajudar os filhos de fé e os necessitados com seus dons e suas luzes.

 

RITUAIS

 

Os rituais da Umbanda são diversos e cada terreiro define os seus, assim como também suas regras e filosofia de trabalho.

Alguns dos principais rituais da Umbanda são:

Obi na umbanda e no candomblé - Caminhos do Axé – Obi: é a semente de uma palmeira africana muito utilizada para descobrir o Orixá de cabeça de um filho. A semente é cortada em quatro partes e jogada pelo pai de santo, que intui qual é o Orixá do filho e o obi confirma. A disposição em que suas partes caem denota resposta positiva ou negativa. (Curiosidade: também conhecida como noz-de-cola).
– Batizado: é a cerimônia que abençoa o espírito dentro dos critérios da Umbanda. No batizado, a cabeça do filho é lavada com água. Os espíritos escolhidos como padrinhos assumem compromisso com o filho e têm como missão protegê-lo.
– Casamento: é o ritual que consagra e abençoa a união de um casal sob a proteção dos Orixás. É realizado pela entidade do pai de santo, tem padrinhos espirituais e materiais. Os padrinhos espirituais recebem a missão de proteger o casal. São utilizados elementos como: flor em água para benzer o casal, pemba (espécie de giz) para cruzar as alianças, pão e vinho representando a vida. Cada noivo recebe uma guia de anjo da guarda que troca com seu cônjuge, ação que representa a troca de cuidados de um pelo outro.
Comidas de Santos. | Umbanda Arquivo. – Amalá: é um ritual em que o umbandista oferece elementos para que o Orixá possa trabalhar por uma determinada causa. Normalmente entrega a comida, bebida, vela e demais elementos para o Orixá. É importante certificar-se de que está entregando no amalá os elementos correspondentes ao Orixá. Os elementos entregues criam um campo de força que gera a energia necessária para que os espíritos trabalhem em benefício do pedido.
– Amaci: é o batismo do médium na Umbanda, através de um ritual que integra o filho à religião. A partir deste momento, alguns compromissos são firmados: do médium com suas entidades e do médium com a Umbanda. Neste ritual a cabeça do médium é lavada com ervas e bebidas do seu Orixá com o objetivo de conectar o filho ao seu pai de cabeça. Um pano branco é utilizado para condensar a energia despejada na coroa. A bebida utilizada é guardada numa espécie de pratinho de barro chamado alguidar, que é alimentado pelos pais de santo e representa a firmeza do filho na casa.

 

 

SÍMBOLOS

 

Os símbolos da Umbanda são chamados de pontos riscados, que são grafismos feitos com uma pemba (giz) no chão ou em tábuas, para evocar as energias das entidades que vão trabalhar na sessão.

Cada entidade tem seu próprio ponto riscado, que pode conter elementos como estrelas, sóis, lanças, flechas, triângulos, folhas, raios, cruzes e ondas.

Esses elementos têm significados específicos na Umbanda, relacionados à natureza, à ancestralidade, à magia e à divindade.

 

Alguns dos principais símbolos da Umbanda são:

Círculo vermelho. símbolo de proibição. sinal de trânsito vazio | Vetor Premium – O círculo: representa o universo, a perfeição, a harmonia e a proteção.
Imagem de Tridente de Ferro Para Exú 20cm – O tridente: representa Exu, o mensageiro entre o mundo terreno e espiritual, o guardião dos caminhos e o senhor da magia.
Símbolos na Umbanda - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca – O hexagrama: representa a união entre o céu e a terra, o equilíbrio entre as forças masculina e feminina, a manifestação do divino no plano material.
Olhos de Oxalá: PONTO DE OGUM NA UMBANDA SAGRADA – O triângulo: representa a trindade sagrada, a sabedoria, a força e a beleza, os três reinos da natureza (mineral, vegetal e animal) e os três estados da matéria (sólido, líquido e gasoso).
– A estrela: representa a luz, a orientação, a esperança e a fé.
– O sol: representa Oxalá, o orixá criador da humanidade, o pai de todos os orixás, o senhor da paz e da justiça.
– A lança: representa Ogum, o orixá guerreiro, o protetor dos trabalhadores, o vencedor de demandas e obstáculos.
– A flecha: representa Oxossi, o orixá caçador, o provedor de alimento e riqueza, o senhor dos animais e das matas.
Ossain: Saudação, Qualidades, Umbanda【CONFIRA AQUI】 – A folha: representa Ossain, o orixá curador, o conhecedor das ervas medicinais e dos segredos da natureza.
– O raio: representa Xangô, o orixá do trovão, da justiça, do fogo e das pedreiras.
Oceano, Pôr Do Sol, Praia, Brilho – A cruz: representa Obaluaiê/Omulu, o orixá da morte e da vida, o senhor das doenças e da cura, o guardião dos cemitérios e dos ancestrais.
Mar, Aceno, Respingo, Grande Onda – A onda: representa Iemanjá e Oxum, as orixás femininas ligadas às águas doces ou salgadas, à fertilidade, à maternidade, ao amor e à beleza.
– A bandeira branca com um sol amarelo: simboliza a união, a iluminação, o conhecimento e a vitalidade. Foi criada por Saul de Medeiros (Pai Saul de Ogum).

 

Esses são alguns dos símbolos umbandistas mais comuns e seus significados. Eles expressam a riqueza e a diversidade dessa religião que sintetiza elementos de várias culturas e tradições.

 

ADERIR

Para participar dos rituais da Umbanda, você precisa encontrar um terreiro de Umbanda que seja de sua confiança e afinidade. Os terreiros são os locais onde acontecem os cultos de Umbanda, que são chamados de giras. As giras podem ser abertas ou fechadas.

As giras abertas são as mais comuns e são destinadas ao público em geral que busca assistência espiritual. Nelas, você pode se aproximar dos médiuns que incorporam as entidades e pedir conselhos, passes ou orientações para os seus problemas. As giras abertas costumam ter dias e horários fixos e são anunciadas nos sites ou nas portas dos terreiros.

As giras fechadas são reservadas aos estudiosos e iniciantes da Umbanda, que desejam se aprofundar na religião e desenvolver a mediunidade. Nelas, você pode aprender mais sobre os rituais, as entidades, os orixás e as práticas da Umbanda. As giras fechadas exigem um compromisso maior com a casa e com as entidades, e são realizadas em dias e horários específicos, sem a presença do público.

Para participar de qualquer gira, você deve seguir algumas recomendações básicas, como: vestir roupas brancas ou claras, tirar os sapatos antes de entrar no terreiro, respeitar as regras da casa, não interromper as entidades ou os médiuns, não fotografar ou filmar sem autorização, não levar bebidas alcoólicas ou drogas, não fazer perguntas indiscretas ou ofensivas, não tocar nos objetos sagrados, não levar crianças pequenas sem supervisão e não fazer promessas que não possa cumprir.

Para encontrar um terreiro de Umbanda perto de você, você pode fazer algumas coisas, como:

Pesquisar na internet por sites ou redes sociais de terreiros de Umbanda na sua cidade ou região. Você pode ver as fotos, os vídeos, os depoimentos e as informações sobre os dias e horários das giras.

Pedir indicações para amigos, familiares ou conhecidos que frequentam ou conhecem algum terreiro de Umbanda. Você pode perguntar sobre a experiência deles, o tipo de Umbanda que praticam, o nome do pai ou mãe de santo e se eles podem te levar para conhecer o lugar.

Visitar alguns terreiros de Umbanda pessoalmente e observar o ambiente, as pessoas, as entidades e os rituais. Você pode sentir a energia do lugar, ver se há respeito, caridade e amor entre os participantes e se você se identifica com a doutrina.

Conversar com o pai ou mãe de santo do terreiro de Umbanda que você escolheu e tirar todas as suas dúvidas sobre a religião, os trabalhos, as regras e os compromissos. Você pode também pedir orientação espiritual e ver se há afinidade entre você e a entidade.

Lembre-se que para participar dos rituais da Umbanda, você deve seguir algumas recomendações básicas que já mencionei anteriormente. Além disso, você deve respeitar a diversidade e a pluralidade da Umbanda, pois existem diferentes vertentes e formas de trabalho dentro da religião.