
Segundo Capítulo: Visão do Além
Como expliquei no texto Consagração à Lua, fui crescendo como uma criança quase normal.
Nossa família aumentou, e vieram duas maravilhosas e amadas irmãs, cada uma com sua personalidade, lógico.
Eu era e sou quase normal! Kkk.
Eu falava sozinha, como a maioria das crianças (e dos adultos “fora dos padrões”).
Eu via e vejo coisas que não consigo identificar, mas que observo que transcendem a matéria…
Sentia e sinto presenças e “energias” sobrenaturais. De arrepiar!
Sonhava e sonho com pessoas desconhecidas, com locais nunca visitados, e com coisas nunca vistas.
Estes sonhos são extremamente nítidos e intensos, chegando a se aproximar da realidade de tal maneira, que pensava e penso ter realmente estado naquele local, interagido com aquelas pessoas e coisas.
Eu não tinha e não tenho medo. Mas que dá um frio na espinha, dá! Kkk.
Sempre me julguei destemida, decidida e brava.
Fui crescendo, e as coisas só piorando. Bom, pelo menos do ponto de vista de uma criança!
Hoje agradeço a Deus por ser quem eu sou e por todo o aprendizado.
Então, por volta de meus quatro anos de idade, minha avó materna, Izabel, que morava no mesmo quintal, ficou viúva.
E, vejam só: tinha medo de dormir sozinha! Kkk.
Ai, em determinado dia, minha mãe disse que daí em diante eu iria dormir com a vó Izabel, para lhe fazer companhia! Eu tinha 4 anos de idade!
Confesso que, muito tempo depois, em uma sessão de Hipnoterapia (recomendo! E é assunto para vários futuros textos.), eu fiz uma regressão de memória, ou seja, orientada pelo meu Hipnoterapeuta (que aliás é o meu amor), fui percorrendo minhas memórias até determinadas lembranças que ficaram mais arraigadas, por diversos motivos.
Pois então, uma destas lembranças foi deste dia em que minha mãe mandou eu dormir com minha avó.
Foi um trauma muito grande para aquela criança de 4 anos de idade, pois ela se sentiu abandonada! Sua mãe não mais a queria! (Assim ela pensou). Este sentimento me acompanhou pela vida, instalado em meu subconsciente!
Só me livrei deste sentimento ruim na hipnoterapia. Aleluia!
Mas retornando, passava todo o dia na casa da minha mãe, e quando caia a noite dormia com minha querida avó Izabel.
Aprendi muita coisa com minha amada vó Izabel.
Ela era dirigente de um centro de Umbanda e rezadeira! (E tinha medo de dormir sozinha, kkk!).
Ela tinha uma enorme sabedoria e um coração ainda maior. Dava banho e rezava todas as crianças que nasciam na redondeza, e cuidava com muito carinho e amor de todos que batiam no nosso portão. Podia ser a qualquer hora. Cresci vendo suas práticas.
Com sete anos de idade tive minha primeira experiência com a Visão do Além.
Minha avó tinha viajado para outro estado, para ver sua irmã que estava doente, e eu fiquei com a chave da casa para qualquer coisa que precisasse (eu tinha roupas minhas na casa da minha vó).
Em determinado dia, precisei entrar na casa dela para pegar algo (não me recordo mais o quê) e, para minha surpresa, quando enfiei a chave na porta e abri, dei de cara com um preto velho sentado na sala!
Que susto meu Deus!
Lembro-me até hoje do que senti!
E “perna pra que te quero”, saí correndo e gritando porta afora: Mamãe! Mamãe!
Um susto danado! (Para um adulto já é assustador, imaginem para uma criança).
Minha mãe me acalmou e fomos fechar a porta. Não vi mais nada naquele dia.
Naquela noite quase não consegui dormir (novidade…).
Achava que havia sido “coisa” da minha cabeça, mas algo falava que não.
Em minha imatura mente era uma confusão só.
Quando minha vó chegou, corri e contei-lhe o que havia acontecido, e ela, com seu sorriso de canto, me falou que era assim mesmo, que todas as vezes que saía entregava sua casa para as Santas Almas Benditas.
Explicou que eu não precisava ter medo, e nem pensar que estava louca, porque o que eu havia visto era real!
Tão real quanto eu e ela. E que eu tinha que me acostumar, pois esse era um dos meus dons.
Que não precisaria temer, bastava acreditar no plano espiritual e que tudo daria certo.
Até me tranquilizei um pouco. Mas só um pouquinho!
Que medo! Kkk.
“Não basta ter, tem que ser! Não basta crer, tem que fazer!”
“Gratidão, sempre!”
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